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terça-feira, 18 de agosto de 2009

A Pedagogia e os desafios emergentes

Os desafios do educador na contemporaneidade estão cada vez mais intensos. Trabalhar com ferramentas que se atualizam a todo momento exige do profissional na educação uma constante recliclagem e renovação de informações. O educador educado.
Assim, refletindo sobre a função do pedagogo construída ao longo dos tempos, é possível perceber que as competências não mudaram. O que mudou foi a forma de recepção do profissional frente às novas informações do seu cotidiano.
A Postura Ética nos dias de hoje exige do educador compreensão e entendimento do espaço do outro e do seu próprio. Compreender o contexto em que está inserido não é esquecer seus valores, mas buscar compreender os valores de cada elemento, cada pessoa que está ao seu redor. Respeitar a diversidade é fundamental para isso. Criatividade para contornar os problemas e buscar soluções inovadoras. Capacidade de observação para enxergar além dos horizontes. Trabalhar em equipe é fundamental para conduzir um bom trabalho. Administrar conflitos estimulando sempre o senso de justiça, o respeito mútuo e solidariedade são grandes desafios ao educador contemporâneo, visto que a sociedade imediatista vive uma filosofia do "olho por olho" e as pessoas pensam cada vez mais em si. E por fim, o pedagogo precisa desenvolver a auto - estima do seu público estimulando a cooperação e não a competição. O maior desafio está em ele próprio adequar-se nessas funções. Aprender a entender o outro exige que ele, antes de tudo, conheça a si mesmo e entenda os seus limites, busque estar com sua auto - estima sempre em alta e seja, acima de qualquer suspeita, um exemplo a ser seguido.
A falta de informação gera os equívocos da comunicação. Aprender a lidar e trabalhar com a explosão de conhecimentos que recebemos é uma tarefa árdua, porém, precisa ser analisada e refletida, principalmente no momento de formação do educador. Ele será o transmissor de todas as mensagens que aprendeu durante a sua passagem na escola enquanto aluno, e por isso, precisa estar criticamente formado e conhecer os meios possíveis de informação e comunicação atuais.
Na era da informação, em que um de seus atributos é a imaterialidade, as instituições de Ensino primam pela comunicação pessoal e direta, fatores estes que fortalecem uma relação de cuidado e respeito à diversidade cultural e cognitiva do ser humano, sem esquecer da necessidade de atualização com as tecnologias emergentes, buscando em um primeiro momento, explorar as grandes possibilidades trazidas com o ensino à distância. Além de introduzir o aluno à uma ferramenta que em breve será comum em qualquer meio de convivência coletiva, atualiza-o frente às inovações que podem e devem ser exploradas.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Quem é o autor?

A multiautoria permite nas Artes a interação entre autor - receptor com a obra em questão. É um momento de construir um projeto sob diferentes aspectos em diferentes possibilidades.
Em uma proposta da disciplina de Multimídia, 20 alunos construíram, utilizando-se do Paint com o auxílio do tablet, uma imagem (ao lado) unindo as ferramentas disponíveis com a espontaneidade artística.
O resultado é a criação interativa e a harmonia coletiva, possíveis de existência no processo artemidiático .

domingo, 8 de março de 2009

O Dia da mulher...
Hoje recebi um grande número de mensagens referentes a esta data, cuja comemoração faz sentir-me orgulhosa pela condição de assim ter nascido, mas ao mesmo tempo faz-me refletir sobre várias questões latentes.
Desde o nosso nascimento, nós mulheres ouvimos coisas do tipo: "vai pilotar fogão", "mulher no volante, perigo constante"... o que de imediato nos remete a uma explicação: o machismo.
E assim, homens e mulheres vivem uma verdadeira guerra dos sexos. Quem é melhor: o homem ou a mulher? E tal questão é incentivada também pela mídia, quando em singelos e ingênuos títulos de artigos insinuam que ainda as diferenças entre sexos são óbvias e imutáveis.
Entrentanto, na condição de educadora e não feminista, acredito plenamente na igualdade entre os homens, que dotados de inteligência e criatividade, transformaram o mundo desde os primórdios dos tempos. At é mesmo nas tribos do período neolítico, haviam divisões de tarefas para facilitar a organização de seu cotidiano, e de fato, os homens tinham muito mais força para caçar do que as mulheres, não porque elas não teriam capacidade de fazê-lo, mas sim por uma questão prática de divisão de habilidades.
E assim perdura até hoje. Quantas mulheres ainda preferem ficar em casa, ou quantas temos nas oficinas mecânicas, ou quantas de nós somos caminhoneiras... E não é por uma questão de machismo.
Quem vive tendo que provar as suas competências acaba esquecendo de cumprir com os seus deveres.
Se eu amasse tanto as mulheres, de fato, não estaria casada com um homem o qual admiro muito principalmente por me completar.
Se hoje comemoramos o dia das Mulheres, homens também lutaram e aprovaram para que hoje pudéssemos brindar a este dia. E se hoje ainda comemoramos este dia, é para que nós mulheres repensemos em tudo o que foi construído, o que foi desconstruído, e como está a nossa imagem em dias atuais.
Homens e mulheres são diferentes, assim como mulheres são diferentes e homens são diferentes entre si. Somos todos uma soma de valores, e quando todos perceberem isso, resolveremos os nossos problemas de maneira muito mais prática e civilizada.
Obrigada aos homens que nos respeitam todos os dias, não só em 08 de março, e mulheres que tem a sensibilidade para construir uma sociedade mais justa e igualitária.

Enfim, parabéns a todos que sabem o verdadeiro valor do respeito.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

O Artista e seu ateliê contemporâneo

O espaço físico para o artista é muito importante, porém, gerativo de contradições. Em contato com artistas, estudantes de arte e arte - educadores, nem todos falam a mesma língua. Para alguns, o epaço está dentro do computador; a liberdade é adquirida de acordo com o espaço de armazenamento de informações no HD. Para outros, o espaço físico como um ateliê é essencial para a produção fruir, mesmo que o processo final seja no computador.
Entretanto, considero algumas conclusões importantes na concepção formativa do artista: 1 - o artista adequa-se no espaço, utiliza as ferramentas disponíveis e modifica as possibilidades por meio da sua criatividade; 2 - O criador precisa de liberdade, e liberdade precisa de espaço; 3 - o laboratório do artista não é um laboratório qualquer, pois as necessidades são além do computador.
Sendo assim, é possível projetar diferentes espaços para diferentes artistas, mas o importante está em respeitar individualidades.
Com tanta exploração tecnológica em uma sociedade sedenta de novas informações, o artista precisa se adequar nos meios midiáticos, buscando ir além das imposições e lutando por um espaço necessário a sua criação. Apesar das generalidades, o artista deve contemplar a arte - tecnologia e ser contemplado com a vivência formadora nos ambientes que privilegiam a riqueza de informação, tendo para isso que romper com a tradição de um ensino parco em infra - estrutura e qualidade nivelada ao comum.